A mudança do Colégio Estadual “Belmiro Soares” para a nova cidade, no ano de 1977, veio culminar com a transferência de um vasto acervo patrimonial existente na escola desde sua fundação, entre este, uma boa quantidade de instrumentos de percussão que executaram o primeiro desfile cívico-escolar, agora, na cidade da Nova Paranaiguara. Nessa época, foi instituído pela Prefeitura Municipal, a contratação de Instrutores Regentes que vieram trabalhar e permaneceram no município por mais de dez anos a prestar serviços como responsáveis pela área de fanfarras e bandas em festividades cívico-patrióticas que aconteciam a cada ano.
Naquela ocasião, já fazíamos parte da fanfarra da escola desde meados de 1974, quando estávamos cursando o sexto ano do ensino fundamental. À partir daí, sempre estivemos presentes, colaborando, participando e compondo estas festividades como membro do corpo dos instrumentistas de percussão da fanfarra escolar ginasial.
Inaugurada a nova cidade, as atividades escolares agora tomaram novos rumos e, as ocasiões cívicas e patrióticas sempre contavam com a participação da “Fanfarra do Belmiro”, que não deixava de ser uma atração à parte. Com o passar do tempo, aqueles regentes foram embora, deixando a cidade e também o comando dos trabalhos de instrutores, sob a responsabilidade daqueles que outrora foram meros componentes aprendizes da bela arte dos instrumentos de percussão.
Os desfiles, desta feita, sob o comando dos “pratas da casa”, sempre aconteciam, mesmo que apenas em paradas cívicas com hasteamento da Bandeira, mas sempre estávamos lá, a abrilhantar as madrugadas dos feriados nacionalistas, usando o uniforme da escola, com nossas belas e cadenciadas Alvoradas Cívicas pelas ruas da cidade.
Nosso ingresso no quadro de professores em 1980, abriu-nos novas oportunidades e, a convite da Prefeitura e posteriormente como prestação de serviço na condição contrato temporário, nos tornamos instrutor da “Fanfarra do Colégio”, e isso estendeu-se até o ano de 1988 quando fomos efetivado como funcionário público estadual. Nessa época, a fanfarra já contava com 48 instrumentos, e à partir dai, passamos a dar um pouco mais do nosso esforço na melhoria da qualidade e no aprimoramento do nosso trabalho.
A segunda metade da década de 90 trouxe novas realidades para o Colégio Estadual “Belmiro Soares”, entre elas a aquisição de um Laboratório de Informática, bem como o recebimento de um conjunto de uniformes composto por 40 fardamentos completos na cor preta, indumentária para baliza e uniformes para oito componentes da Comissão de Frente, e isso revolucionou os trabalhos e as expectativas da Escola e da Comunidade.
Não demorou muito, e nossa corporação já era uma outra. Tínhamos agora 69 componentes e uma vontade muito grande de mostrar serviço. Decidimos crescer um pouco mais, com uniformes próprios, novas cadências e um corpo musical maior, que a comunidade aplaudiu de pé nas primeiras vezes a que foi apresentada.
UMA NOVA REALIDADE SOCIAL
As mudanças ocorridas na estrutura da nossa Corporação foram significativamente muito substanciais. Já contávamos com 85 componentes e não foi muito tempo para nos inscrevermos nos Jogos Estudantis do Estado de Goiás.
A primeira participação em eventos de grande porte, com viagem de ônibus, estadia, alojamento, etc., aconteceu no ano de 2001, quando a subsecretaria nos inscreveu nos JEEGs, e tivemos que organizar a vida e a estrutura da corporação, que nem nome tinha, na época. Elaboramos o primeiro projeto e fomos nos preparar para as eliminatórias, que em grande parte das vezes, fomos os vencedores. Éramos agora, os Sentinelas do País das Esmeraldas, que à partir de então, temos vindo desempenhando com muita garra e responsabilidade o trabalho que ora nos propusemos a fazer.
SENTINELAS AO LONGO DO CAMINHO
À partir da classificação para o campeonato regional em Goiatuba no ano de 2001, a Fanfarra Sentinelas do País das Esmeraldas foi vitoriosa nesta e em várias competições que se sucederam posteriormente, tal o campeonato regional onde nos sagramos campeões, na cidade de Morrinhos, no ano de 2002, nos classificando para a final, que seria na Cidade de Caldas, até hoje, não aconteceu. Com a classificação em Goiatuba fomos disputar a decisão do Campeonato Estadual, agora, em Caldas Novas, competindo com corporações da própria capital e cidades como Jataí, Catalão, Santa Helena e Inhumas, com grupos até então, bem mais superiores e estruturados que o nosso. Ficamos com a medalha de bronze, entregue pela Deputada Raquel Teixeira. Essa colocação abriu-nos caminho para á partir daí, não mais pararmos com as constantes e esplendorosas apresentações em eventos de toda natureza, principalmente as comemorações do aniversário das cidades.
Hoje, a corporação conta com 120 membros – um efetivo composto por alunos cursando desde as séries iniciais do Ensino fundamental até o terceiro ano do Ensino Médio. Tais componentes estão distribuídos entre 67 instrumentistas, sendo 22 do pelotão de sopro em cornetas lisas e 45 executando a percussão do grupo. Contamos com 03 balizas e um conjunto de 50 componentes que perfazem a equipe de linha de frente.
A TRAJETÓRIA
Nos últimos dez anos a Fanfarra Sentinelas do País das Esmeraldas percorreu por um caminho que, temos certeza, muitas corporações do porte da nossa, gostariam de ter a oportunidade de percorrer. À partir do ano de 1998 até hoje, nossos Sentinelas não descansaram um único ano, com intensas viagens, várias competições e desfiles cívico-festivos pelo Sudoeste Goiano, afora. Nossas viagens são sempre compostas pelos membros da Corporação, Pais, Responsáveis, Professores e membros do Grupo Gestor.
Sempre somos transportados por três ônibus de grande porte, cujo custeio é feito geralmente pelos promotores dos convites que nos são feitos. Temos percorrido ao longo deste tempo, por localidades aqui do Extremo sudoeste, como também, por locais mais distantes, como a cidade de Aporé, na qual nossa Corporação já realizou um total de 04 apresentações cívicas. Por mais de uma vez já apresentamos em Buriti Alegre, Morrinhos, Goiatuba, Mineiros, Itarumã, Cachoeira Alta, Quirinópolis, São Simão, e as várias apresentações que realizamos aqui em nossa cidade, desde Festas de Rodeio, Torneios de Futebol, Festa da Liberdade, Cursos do SEBRAE, Fogo Simbólico da Paz, Fogo Simbólico da Pátria, Semanas da Pátria e desfiles cívico-patrióticos de 07 de setembro.
São incontáveis as vezes que realizamos desfiles em Alvorada Cívica, iniciando às cinco horas da manhã e encerrando com o hasteamento dos pavilhões municipal, estadual e nacional, às 8:00 h da manhã.
Todo esse percurso dos últimos anos, foi realizado com empenho e uma responsabilidade muito grande; imaginamos ser isto, o motivo de tão longa e promissora caminhada.
A nossa luta é nossa história. Hoje, a Corporação é dirigida por mim, David Luiz Gonzaga, Professor Regente, com projeto aprovado pela OMB/CRE/GO-TO, sob nº 8076, e a professora Auxiliar-Mor, Kênia de Jesus Rufino Andrade, que há três anos tem emprestado sua experiência, prestando serviço voluntário nesta Corporação.
Tivemos, todos esses anos, Projetos aprovados pela Secretaria Estadual de Educação, através do Departamento de Desporto. Hoje, estamos subordinados e este dinâmico Centro de Estudo e Pesquisa – Ciranda da Arte, e trabalhamos jurisdicionados à Subsecretaria Regional de Ensino da Cidade de Quirinópolis - Goiás.
David Luiz Gonzaga
Professor
Que Deus acolhe sua alma, cumpriu seu trabalho com dignidade,Paranaiguara perde o amigo,ficara sempre lembrado por todos.
ResponderExcluirSeu trabalho ficará eternizado professor David. Obrigado por tudo!
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